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Especialista explica as novas possibilidades de mercado para os microempresários no Brasil pós-pandemia

Para sobreviver as empresas precisarão investir em inovação, tecnologia, estar atentas às mudanças e ao mundo digital

A pandemia gerada pela Covid-19 não mudou somente a nossa forma de interagir socialmente, mas também gerou impactos nas práticas dos pequenos negócios, estimulados pelas novas formas de consumir. Muitos empresários enfrentaram e ainda se confrontam com desafios impostos pelo vírus. As empresas de maior porte conseguem driblar com movimentações mais inteligentes, principalmente por terem maior fôlego financeiro. “Já sabemos que o vírus causou uma transformação profunda no mundo, mas como será daqui para frente?”, questionou o professor e consultor empresarial, Danillo Sancho, palestrante do webinar  ‘Realidade das Microempresas – MPEs – no Brasil pós-pandemia’, promovido pela Rede UniFTC, durante a semana das Boas-Vindas aos alunos da Instituição.

O próprio consultor apresentou a resposta para a reflexão destacando que só conseguirá sobreviver dentro no cenário atual e no pós pandemia, os empresários que se arriscam, são antenados às mudanças e que despertaram o olhar para o mundo digital. “O microempreendedor que ainda não tinha investido em atendimento e comunicação online precisou se reinventar, entendendo que o amanhã será bem diferente do que previa. Os empreendedores de sucesso precisam se conectar com os clientes e, é claro, respeitar as medidas de segurança. O meio virtual já era uma tendência e com a pandemia tornou-se mais óbvia. As MPEs tiveram que mudar a forma de interagir e vender. O isolamento gerou a necessidade de consumir sem riscos e isto criou novos hábitos no mercado”, destacou Sancho.

De acordo com o Diretor Presidente do Sebrae, Carlos Melles, o uso de aplicativos dentro do comércio de bairro ou em pequenas empresas para comunicação com o cliente subiu 84%. Para Sancho, o empreendedor deve possuir capacidade de realizar projetos, inovar, promover mudanças nas empresas, ser auto suficiente e fazer a diferença primeiramente em si próprio.

“Os estudantes que querem se destacar devem ler mais e buscar conteúdos. O tempo é de investir em você. Com mais preparo, o perfil de aluno empreendedor cresce. Os jovens terão que tomar decisões de forma segura e se algo der errado, será necessário mudar rápido o caminho. O mercado tem mutações significativas. Crie este hábito para você e consequentemente para sua empresa. Se você quer viver o empreendedorismo deve entender que os obstáculos vão aparecer, mas é a forma de agir diante deles que fará a diferença. Aprenda a ouvir e a falar, se aproxime do cliente, do mercado e seja flexível”, afirmou o consultor.

O surgimento do vírus também quebrou paradigmas em algumas gerações, considerou Danilo Sancho. “Os consumidores que achavam que tinham que escolher os produtos presencialmente em supermercados, perceberam as vantagens de comprar através de aplicativos. As gerações Y (usuários da internet com idade entre 25 e 40 anos) e  Z (usuários da internet com idade entre 10 e 25 anos) tiveram mais facilidade pela compreensão tecnológica apurada, mas a linhagem conservadora, como os Baby Boomers (usuários da internet com mais de 60 anos) foram forçados a adaptar-se às mudanças”, disse Sancho.

Na opinião do consultor e palestrante alguns setores não voltam da mesma forma. “Esta transformação no mercado é bom para o cliente, que terá mais rapidez nos atendimentos, comodidade e rapidez, já para a empresa, custos reduziram, ambientes que não precisavam existir, foram excluídos,  agora muitos serviços podem ser online, como contabilidade, setor de compras e o RH, que já realizam processos seletivos pelos aplicativos Meet ou Zoom”, registrou.

Na Educação, existe uma inclinação forte para ser mantido o ensino híbrido, observando alguns critérios, afirmou Danillo. “Aqueles cursos que precisam de laboratórios vão continuar presenciais, mas a modalidade online vai continuar crescendo. As escolas e universidades devem investir em novas tecnologias e ferramentas da internet para garantir a qualidade da transmissão dos conhecimentos”, explicou o professor.

6 tendências pós-pandemia

  • Os clientes estão mais conectados e inteligentes, sempre em busca por atendimentos personalizados;

  • Redes sociais foram reforçadas como ferramenta de apoio para vendas e divulgação, assim como desenvolvimento de aplicativos próprios ou qualificação das entregas delivery;

  • O home office deve ser mantido;

  • Produções estão mais enxutas e sustentáveis para evitar o desperdício;

  • O modelo híbrido da educação deve ser mais comum no setor da moda;

  • No turismo, roteiros regionais, locais e ao ar livre devem ser as principais tendências

Horizon e Clubhouse

Novas tecnologias surgem a todo tempo. A implantação de uma nova geração de redes sociais é contínua. O Facebook Horizon é a proposta do Facebook para um mundo social virtual. “Você pode criar seu avatar e explorar toda uma nova realidade, visitar seu próprio mundo, criando seus ambientes e aventuras. Os navegadores poderão ter experiências em tempo real, usando óculos virtuais. O mercado vai mudar nos próximos anos. Os empresários poderão criar lojas virtuais e experimentar um novo mundo nos negócios”, informou.

Para acessá-lo, é obrigatório possuir um dos HMDs da família Oculus (Oculus Rift, Rift S ou Quest) e se inscrever no site oficial do projeto (oculus.com/facebookhorizon), com sua conta do Facebook.

A próxima febre dos adolescentes e jovens será o Clubhouse, rede social em chats de voz somente para convidados e baseada em salas e fóruns online, com a conexão de várias pessoas.  O aplicativo continua sem previsão para ser utilizado no android e ainda está em fase de testes.

Vânia Castro
Comunicação e Marketing