A
busca pela dignidade tem se tornado cada dia mais difícil e até meramente
utópica, porque o individualismo que se alastra, cada vez mais, na luta cega
pelo poder e pela acumulação das coisas mundanas, impedem o indivíduo de
perceber que ele não está sozinho no mundo. Que vive obrigatoriamente em
sociedade. Em suma, que ele vive com os outros.
busca pela dignidade tem se tornado cada dia mais difícil e até meramente
utópica, porque o individualismo que se alastra, cada vez mais, na luta cega
pelo poder e pela acumulação das coisas mundanas, impedem o indivíduo de
perceber que ele não está sozinho no mundo. Que vive obrigatoriamente em
sociedade. Em suma, que ele vive com os outros.
Essa
convivência com os outros, na realidade, é uma coisa extremamente delicada,
pois, existe muita dificuldade em se ver o outro como sendo “outro eu
“ou seja, o outro não é um eu. Há uma tendência em se instrumentalizar as
pessoas para se conseguir objetivos individuais.
convivência com os outros, na realidade, é uma coisa extremamente delicada,
pois, existe muita dificuldade em se ver o outro como sendo “outro eu
“ou seja, o outro não é um eu. Há uma tendência em se instrumentalizar as
pessoas para se conseguir objetivos individuais.
Dessa
forma, a convivência parece impossível, pelo fato de sempre se ver o outro como
objeto; e o outro, também, adota semelhante atitude, o que torna o convívio
absolutamente conflituoso.
forma, a convivência parece impossível, pelo fato de sempre se ver o outro como
objeto; e o outro, também, adota semelhante atitude, o que torna o convívio
absolutamente conflituoso.
De
qualquer forma, ainda que seja essa a realidade, a vida é sempre pautada em uma
situação em que os outros estão presentes, tentando, igualmente, exercer a
liberdade deles. Daí esse choque de consciência da liberdade que faz parte da
existência histórica, social e política da humanidade.
qualquer forma, ainda que seja essa a realidade, a vida é sempre pautada em uma
situação em que os outros estão presentes, tentando, igualmente, exercer a
liberdade deles. Daí esse choque de consciência da liberdade que faz parte da
existência histórica, social e política da humanidade.
Diante,
então, do inevitável EU e da impossibilidade de nunca conseguir ter uma ideia
clara dos OUTROS, o único caminho viável é a associação em um projeto humano e
histórico que englobe o outro e que nunca seja individual. Isso tem a ver com
cidade, política, com o coletivo, enfim! A partir dessa postura as pessoas
tendem a agir conjuntamente.
então, do inevitável EU e da impossibilidade de nunca conseguir ter uma ideia
clara dos OUTROS, o único caminho viável é a associação em um projeto humano e
histórico que englobe o outro e que nunca seja individual. Isso tem a ver com
cidade, política, com o coletivo, enfim! A partir dessa postura as pessoas
tendem a agir conjuntamente.
Isso
não significa, porém, o dever de se conhecer inteiramente o outro, mas,
trata-se de uma ação recíproca com ele, porque os projetos se convergem,
mutuamente, do ponto de vista social, político e histórico. Em outras palavras:
O individualismo não pode, jamais, ter primazia, pois, assim, a sociedade,
ainda que bem organizada, ficaria em segundo plano, em virtude desse nefasto
individualismo, que prevalece, mesmo que o indivíduo se associe aos outros para
organizar e melhor defender o coletivo.
não significa, porém, o dever de se conhecer inteiramente o outro, mas,
trata-se de uma ação recíproca com ele, porque os projetos se convergem,
mutuamente, do ponto de vista social, político e histórico. Em outras palavras:
O individualismo não pode, jamais, ter primazia, pois, assim, a sociedade,
ainda que bem organizada, ficaria em segundo plano, em virtude desse nefasto
individualismo, que prevalece, mesmo que o indivíduo se associe aos outros para
organizar e melhor defender o coletivo.
Nesse
contexto, prega-se muito a Ética. Todavia, o campo da Ética é repleto de
desafios; não, bastando, portanto, boas intenções para segui-lo. É preciso também, boa vontade, obstinação e,
acima de tudo, estar imbuído do sentimento daquilo que é certo; caso contrário
todo esforço será em vão.
contexto, prega-se muito a Ética. Todavia, o campo da Ética é repleto de
desafios; não, bastando, portanto, boas intenções para segui-lo. É preciso também, boa vontade, obstinação e,
acima de tudo, estar imbuído do sentimento daquilo que é certo; caso contrário
todo esforço será em vão.
Pode-se
falar muito em Ética. Mas uma ética só de palavras nada significa, pois a Ética
é uma afirmação das ações e não das palavras. Ela é uma possibilidade humana
que não exige erudição, mas, simplesmente, o reconhecimento do outro como
alguém importante no qual o indivíduo é capaz, ao mesmo tempo, de reconhecer-se
nele.
falar muito em Ética. Mas uma ética só de palavras nada significa, pois a Ética
é uma afirmação das ações e não das palavras. Ela é uma possibilidade humana
que não exige erudição, mas, simplesmente, o reconhecimento do outro como
alguém importante no qual o indivíduo é capaz, ao mesmo tempo, de reconhecer-se
nele.
O
reconhecimento do outro como alguém importante quer dizer imputar-lhe o devido
valor, percebendo que ele, como pessoa, tem, igualmente a nós, medos,
angústias, necessidades, aspirações, ou seja, ter ética é identificar o outro
como nosso semelhante.
reconhecimento do outro como alguém importante quer dizer imputar-lhe o devido
valor, percebendo que ele, como pessoa, tem, igualmente a nós, medos,
angústias, necessidades, aspirações, ou seja, ter ética é identificar o outro
como nosso semelhante.
Embora
muitos julguem que a ética é pautada no bom agir, ter ética é, na verdade,
amar! pois é impossível o “bom agir”, sem amor e sem a bondade.
Entretanto, amar e ser bom não é ser bonzinho, ou “bombozinho”, do
tipo de caras e bocas sorridentes.
muitos julguem que a ética é pautada no bom agir, ter ética é, na verdade,
amar! pois é impossível o “bom agir”, sem amor e sem a bondade.
Entretanto, amar e ser bom não é ser bonzinho, ou “bombozinho”, do
tipo de caras e bocas sorridentes.
Ser bom, muitas vezes, parece muito com ser
mau porque exige rigor, disciplina, imparcialidade, honestidade e até uma
aparente crueldade. Aquele que permite passivamente todos abusos ao redor de si
sob o pretexto de ser bom, não o é, de fato.
mau porque exige rigor, disciplina, imparcialidade, honestidade e até uma
aparente crueldade. Aquele que permite passivamente todos abusos ao redor de si
sob o pretexto de ser bom, não o é, de fato.
Ser
bom é, em última análise, ser intransigente amigo da verdade, da retidão, da
justiça, da ordem e da disciplina. O indivíduo realmente bom deve, ter a
coragem de ser considerado mau em nome de uma causa sagrada, como por exemplo a
educação, por aqueles que não são bons, mas se consideram “do bem” e
polidos!
bom é, em última análise, ser intransigente amigo da verdade, da retidão, da
justiça, da ordem e da disciplina. O indivíduo realmente bom deve, ter a
coragem de ser considerado mau em nome de uma causa sagrada, como por exemplo a
educação, por aqueles que não são bons, mas se consideram “do bem” e
polidos!
TEXTO
DEDICADO A TODOS PROFESSORES E PROFESSORAS.
DEDICADO A TODOS PROFESSORES E PROFESSORAS.
Por
VALTER SILVA
VALTER SILVA