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12 meninos e o técnico de futebol são retirados de caverna na Tailândia

Após
três dias de resgate, 12 meninos e o seu técnico de futebol foram retirados, da
caverna Tham Luang, no norte da Tailândia, e passam bem. A operação desta
terça-feira (10) foi a mais desafiadora, porque chovia e o número de resgatados
foi superior ao das missões anteriores.
Oito
crianças – em dois grupos de quatro pessoas – já tinham sido resgatadas desde o
começo das operações, no domingo (8).
De
acordo com o jornal “The Guardian”, prosseguem os trabalhos para a retirada de
um médico e três fuzileiros navais que entraram na cavidade subterrânea para
dar assistência ao grupo.
Houve
uma certa demora em transferir os meninos da entrada da caverna para o helicóptero,
mas três ambulâncias já deixaram o local, de acordo com a BBC.
O
primeiro-ministro tailandês, Prayut Chan-o-chau, afirmou que os meninos
receberam ansiolíticos antes de serem levados à superfície, segundo o “The
Guardian”. Nos últimos dias, resgatados foram vistos chegar à superfície em
macas.
As
oito primeiras crianças trazidas para a superfície estão internadas no hospital
da província de Chiang Rai, que fica a cerca de 70 km da caverna, mas passam
bem. Elas estão em quarentena para evitar alguma infecção já que a saúde do
grupo ficou fragilizada por um longo período de jejum forçado.
Operação
delicada

A operação de resgate é bastante complexa e perigosa: as galerias subterrâneas
estão completamente escuras e são de difícil acesso. O grupo precisa atravessar
trechos inundados, muito estreitos e com um relevo bastante acidentado. Alguns
dos meninos não sabem nadar. Todos precisaram aprender técnicas de mergulho às
pressas. O estado de saúde dos meninos e do técnico também preocupam a equipe
de resgate.
Os
nomes dos resgatados não foram divulgados nem mesmo para os pais. As
autoridades tomaram essa atitude para preservar os pais das crianças que ainda
não tinham sido retiradas da caverna. Questões culturais explicam a decisão das
autoridades.
Em
princípio, o governo anunciou que os 12 meninos, de 11 a 16 anos, e o técnico,
de 25 anos, seriam retirados em quatro grupos. O primeiro, com quatro crianças,
e depois três grupos de três pessoas. Diante do sucesso do primeiro dia de
operação, que aconteceu no domingo (8), quatro pessoas também foram retiradas
na segunda (9).
Entre
as operações, existe uma pausa para que novos cilindros de oxigênio fossem
colocados na cavidade subterrânea e para o descanso dos mergulhadores. Uma
equipe de 90 mergulhadores foi mobilizada – 50 estrangeiros e 40 tailandeses.
Mais de 1000 pessoas fazem parte das equipes.
No
dia 23 de junho, o time de futebol “Javalis Selvagens” entrou na
caverna após um treino e foi surpreendido pelas fortes chuvas, que provocaram a
inundação das galerias subterrâneas. O grupo passou nove dias desaparecido até
que dois mergulhadores britânicos os localizassem na segunda-feira (2).
Abatidos, eles estavam sobre uma rocha a mais de 4 km da entrada da gruta.
Medo de
tempestade

No início, as autoridades estudaram deixar o grupo dentro da caverna até o fim
da estação chuvosa – o que significava que eles poderiam ficar presos por até
quatro meses. Porém, o bombeamento constante de água para fora da cavidade e a
interrupção das fortes chuvas contribuíram para que o nível da água abaixasse,
possibilitando o resgate.
A
queda no nível de oxigênio na cavidade subterrânea e a elevação do dióxido de
carbono também pressionaram as equipes abreviar o resgate.
As
equipes começaram a esvaziar o entorno da caverna para a operação de resgate
ainda no fim da noite de sábado (7). Os mais de 1000 jornalistas que acompanham
o resgate tiveram que se afastar da região.
Fonte:
G1