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Aumento das chuvas e obras do Governo do Estado elevam nível de reservatórios que abastecem RMS

Os seis reservatórios que abastecem Salvador e os 12
municípios da região metropolitana saíram do nível crítico com as chuvas que
caíram entre junho e julho deste ano. A barragem Joanes II, em Camaçari, a mais
afetada com falta de chuva, operava com 37,21% da capacidade em abril. No
início de agosto, esse número passou para 86,45%. As chuvas também elevaram o
armazenamento de Joanes I, em Lauro de Freitas, para mais de 90%. Na barragem
de Santa Helena, em Dias D’Ávila, o volume útil passou de 11,47% para 42%.
Ipitanga I e II subiram suas capacidades para 70,7% e 66,70%, respectivamente.
Apenas a barragem de Pedra do Cavalo, em Governador
Mangabeira, responsável por mais da metade do abastecimento de Salvador, teve
um aumento menor, pois é abastecida pelo Rio Paraguaçu, que não faz parte do
ciclo de chuvas da RMS.  Além do aumento no volume de chuvas, ações
emergenciais do Governo do Estado, realizadas por meio da Empresa Baiana de
Águas e Abastecimento (Embasa), vinculada à Secretaria de Infraestrutura e
Recursos Hídricos (Sihs), garantiram o abastecimento doméstico.
“Ainda temos um alerta ligado sempre.Mas o importante é que
estamos fazendo algumas obras para que, se momentos como esse voltarem a
acontecer, a gente tenha condição de atender a população sem grandes problemas.
Estamos fazendo a perfuração de 16 novos poços e ampliando a nossa captação em
Santa Helena”, explica o presidente da Embasa, Rogério Cedraz.
A licitação para a ampliação da captação do reservatório de
Santa Helena já foi executada e a empresa que vai executar a obra está em
processo de contratação.  Segundo Cedraz, isso vai aumentar a capacidade
de transferência de água de Santa Helena para o Joanes e, consequentemente, para
Salvador. “Nós estamos estudando também outras ações para garantir a
segurança hídrica da cidade, como o maior reforço de Pedra do Cavalo e a
possibilidade de trazer água do rio Pojuca até o sistema de Salvador”.  
De acordo com o diretor de Águas do Instituto do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Eduardo Topázio, havia uma preocupação
porque o período chuvoso vai até agosto e, até metade do ano, tinha chovido
muito abaixo da média. “Mas, em junho, houve um aumento das chuvas na
região onde ficam os reservatórios, e isso deu um alívio para a gente
poder passar por um período de estiagem mais longa e ter reserva suficiente
para atender a população”.
Apesar da situação ter melhorado, ainda não é possível
descartar o racionamento. “Acho que não temos que trabalhar com a palavra
racionamento, mas com racionalização. Temos que economizar água independente de
qualquer circunstância. Água é um bem caro, de difícil acesso. Trazer água até
uma grande população, como a cidade de Salvador e região metropolitana, não
custa barato e, cada vez mais, ela vai estar escassa porque a população tem
aumentado e os mananciais estão se esgotando”, explica Topázio, que orienta
sobre evitar perda, desperdícios, vazamentos, uso indevido e reclamar sempre
que encontrar vazamento na rede pública.