O dólar encerrou em alta de 0,31% nesta quinta-feira (31), e fechou aos R$ 5,7813. Esse é o maior patamar da moeda americana desde 9 de março de 2021 (R$ 5,7919).
No mês de outubro, acumula uma valorização de mais de 6%, conforme investidores continuam esperando por notícias do governo federal sobre um novo pacote de cortes de despesas do governo.
Os agentes econômicos analisaram também os novos números do mercado de trabalho brasileiro, que registrou a segunda menor taxa de desocupação da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado reforça a percepção de que o mercado de trabalho muito aquecido possa gerar pressão na inflação.
Com tudo isso em consideração, o mercado refaz os cálculos para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), que acontece na próxima semana. A expectativas dos analistas é de nova alta de 0,5 ponto percentual da taxa de juros brasileira, justamente para esfriar uma possível alta de preços.
No exterior, os dados de inflação dos Estados Unidos do índice de preços PCE, o preferido do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), foi divulgado nesta quinta, em linha com as projeções dos economistas. A principal questão, portanto, foi a incerteza com o quadro da corrida presidencial norte-americana, conforme as eleições se aproximam cada vez mais.
Em meio a todo esse cenário, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em queda.
Ao final da sessão, o dólar avançou 0,31%, cotado a R$ 5,7813 e renovou o maior patamar em mais de três anos. Veja mais cotações.
A disputa pela formação da Ptax do fim do mês também fez preço no câmbio nesta quinta-feira. A Ptax é a taxa de referência do dólar, calculada diariamente pelo BC. Essa disputa acontece entre os agentes de mercado, que apostam na alta ou na queda da moeda norte-americana, buscando influenciar sua formação.
Fonte:G1
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