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Neto define candidatura ao governo até março e não descarta conversas com Otto

Até
março do próximo ano o prefeito ACM Neto (DEM) baterá o martelo sobre sua
candidatura ao governo do estado. Nesta segunda-feira (5), ele afirmou que
afirmou que a “questão fundamental” para sua decisão será a aprovação popular
em Salvador para a empreitada contra o governador Rui Costa (PT).
“Não
faço política por projeto de poder. Faço hoje o que eu gosto. Não é uma decisão
por desejo de partido. Terei janeiro, fevereiro e março para decidir. Não penso
em antecipar esse calendário. Não penso em me dedicar a essa decisão antes do
final deste ano. As coisas só vão ganhar corpo, materialidade no próximo ano.
Não posso deixar a prefeitura se a cidade não quiser que eu deixe. Se a cidade
não quiser que eu deixe, eu vou ficar muito feliz”, valorizou-se.
Em
entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, Neto disse que só deixa a
cadeira maior do Thomé de Souza se for para buscar abrigo no Palácio de Ondina
e dispensou, inclusive, uma eventual proposta de disputar uuma vaga para o
Senado Federal.
“Essa
hipótese não existe. Só discuto a possibilidade de deixar a prefeitura para o
governo do estado”, bradou.
Apesar
do fascínio pelo comando estadual, ACM Neto declarou que ainda não lançou mão
de pesquisas de intenção de voto. “Não tenho pesquisas. Às vezes vejo pesquisas
municipais de aliados do interior que vêm me visitar. Não vou para a luta de
qualquer jeito, mas não é pesquisa que vai decidir o que vou fazer. É muito
cedo. Talvez não seja tão preciso. Talvez seja a decisão mais importante da
minha vida pública”.
Questionado
sobre informações ventiladas nos bastidores da sua proximidade do senador Otto
Alencar, cacique do PSD na Bahia, com vistas a tratativas em 2018, Neto pontuou
que ainda não sinalizou oficialmente ao então aliado de Rui, mas não descarta
fazê-lo tão logo confirme a candidatura. 
“É
uma relação histórica de lado a lado, mesmo em lados opostos. Não tenho nenhum
diálogo politico pensando no futuro. Ano que vem pode acontecer. Posso
assegurar que não tratei. Não vou fazer julgamento para as posições que ele vai
tomar. Claro que sentaria com ele. O diálogo é fundamental para a boa política.
Ninguém constrói nada sozinho. Ele conhece muito a Bahia, tem partido forte,
não vou descartar nada. Eu prefiro eliminar qualquer fumaça [especulação] nesse
momento”.
Durante
a entrevista desta segunda, o prefeito também comentou as denúncias que pesam
sobre o senador afastado Aécio Neves (PSDB), a quem declarou apoio na última
eleição presidencial.
“Sempre
tivemos relação política. Em 2014, não apenas eu, mas quase metade da população
votou nele para presidente da república, o que não quer dizer que eu vá
defender. Ele já esta pagando preço pelas suas atitudes. Que seja julgado pelo
STF e que seja logo. Não vou deixar de defender a aplicação correta da lei por
ter uma relação política com alguém”.
Sobre
a nomeação de ex-prefeitos e aliados do interior baiano alvos de investigação
por corrupção, a exemplo do ex-prefeito de Amargosa, Rosalvo Jonas Borges Sales
(PV), cassado em 2013 pela Câmara de Vereadores da cidade, Neto disse que não
há condenação e, portanto, ele não se enquadra na lei municipal da Ficha
Limpa. 
“Quem
está na vida pública pode ser objeto de denúncia. Se a justiça julgá-lo e
condená-lo, ele, obviamente, não vai ocupar cargo na prefeitura”. 

Neto
repetiu a mesma argumentação ao comentar a denúncia de assédio imputada ao
subsecretário de Reparação de Salvador, Valcy Evangelista da Silva, do PV. “Não
há condenação na Justiça contra o rapaz. Se isso se modificar, ele sai”.BOCAO
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