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Rui alfineta Neto e Temer: ‘Não replicarei perseguições políticas’

Sem
citar nomes, o governador Rui Costa (PT) alfinetou o prefeito ACM Neto (DEM) –
seu possível adversário na eleição de 2018 – e o presidente Michel Temer
(PMDB), acusados de articular boicotes a investimentos federais na Bahia. Ambos
negam a perseguição (ver aqui e aqui).
Recentemente,
aliados do Palácio de Ondina apontaram bloqueio de um empréstimo de R$ 600 milhões do Banco
do Brasil e o cancelamento de um convênio para a Cultura sem justificativa.
Ao
argumentar que não adota a mesma postura, o petista citou um investimento de R$
250 milhões anunciado esta semana em Jacobina, município do centro-norte do
estado administrado por Luciano Pinheiro (DEM).
“Eu
não replicarei as perseguições políticas que o Estado da Bahia está recebendo.
Ontem, eu estava em Jacobina, e percebi o prefeito do DEM todo receoso de como
seria tratado. Eu botei ele no meu carro e ele acompanhou todos os eventos,
falou em todos os eventos”, exemplificou, nesta sexta-feira (22), durante a
cerimônia de posse da nova secretária estadual de Desenvolvimento Urbano,
Jusmari Oliveira, no Salão de Atos da Governadoria, no Centro Administrativo da
Bahia, em Salvador.
No
caso específico do financiamento, o governador anunciou ter movido uma ação
contra o BB por descumprimento de contrato.
Rui
também apostou em uma resposta da população nas urnas. “Podem estar fazendo
isso com a Bahia, perseguindo os baianos, replicando um modelo velho, arcaico,
que ninguém imaginava mais se repetir no Brasil, de maltratar o povo, para
tentar ter vantagens eleitorais, mas quem acha que esse modelo ainda vai
prevalecer em pleno século 21, eu tenho a convicção que o povo vai dar uma
duríssima resposta no ano que vem, mostrando que não aceita a mesquinharia e
não aceita esse tratamento ao povo baiano”, declarou.
“Para
aumentar a dor de cotovelo deles, nós vamos continuar investindo e eles vão
continuar se perguntando aos quatro cantos ‘como é que eles estão conseguindo
apesar de a gente se esforçar tanto para perseguir, para estrangular’? A
resposta é simples: trabalhando, coisa que gente do lado de lá nunca fez na
vida”, continuou o governador.
O
chefe do Executivo estadual ainda fez uma menção à corrida eleitoral baiana no
ano que vem e desafiou seus oponentes: “Para me acompanhar, vai precisar
caminhar muito mais rápido do que esse povo está acostumado a caminhar e
acordar muito mais cedo do que esse povo está acostumado a acordar”. bahia.ba