A
primeira grande delação premiada da Odebrecht a ser divulgada estremeceu a
política brasileira. A colaboração do ex-diretor de Relações Institucionais da
empresa, Cláudio Melo Filho, veio a público envolvendo 51 políticos de 11
partidos – entre eles, o presidente Michel Temer, o ex-ministro Jaques Wagner,
o governador Rui Costa e deputados federais baianos.
primeira grande delação premiada da Odebrecht a ser divulgada estremeceu a
política brasileira. A colaboração do ex-diretor de Relações Institucionais da
empresa, Cláudio Melo Filho, veio a público envolvendo 51 políticos de 11
partidos – entre eles, o presidente Michel Temer, o ex-ministro Jaques Wagner,
o governador Rui Costa e deputados federais baianos.
No
documento, de 82 páginas, Melo Filho relata que o principal critério para os
pagamentos era a possibilidade de os políticos defenderem interesses da
Odebrecht. Para tal, priorizava aqueles que tinham mais influência no
Executivo, no Congresso Nacional, além dos “promissores” – que poderiam
ajudar a empresa no futuro.
documento, de 82 páginas, Melo Filho relata que o principal critério para os
pagamentos era a possibilidade de os políticos defenderem interesses da
Odebrecht. Para tal, priorizava aqueles que tinham mais influência no
Executivo, no Congresso Nacional, além dos “promissores” – que poderiam
ajudar a empresa no futuro.
No
caso dos atuais presidentes das duas Casas Legislativas nacionais, Renan
Calheiros (PMDB-AL) e Rodrigo Maia (DEM-RJ), os recursos tinham como objetivo a
aprovação de Medidas Provisórias que interessavam à Odebrecht.
caso dos atuais presidentes das duas Casas Legislativas nacionais, Renan
Calheiros (PMDB-AL) e Rodrigo Maia (DEM-RJ), os recursos tinham como objetivo a
aprovação de Medidas Provisórias que interessavam à Odebrecht.
Confira
a lista e os valores relacionados a cada um dos políticos:
a lista e os valores relacionados a cada um dos políticos:
>>
Michel Temer, presidente do Brasil: R$ 10 milhões
Michel Temer, presidente do Brasil: R$ 10 milhões
>>
Adolfo Viana (PSDB-BA), deputado estadual, o “Jovem”: R$ 50 mil
Adolfo Viana (PSDB-BA), deputado estadual, o “Jovem”: R$ 50 mil
>> Antônio Brito
(PSD-BA), o “Misericórdia” (referência à atuação do deputado baiano
como presidente da Federação das Santas Casas do Brasil): R$ 430 mil — com
parte dos recursos destinados à campanha do pai, Edvaldo Brito.
(PSD-BA), o “Misericórdia” (referência à atuação do deputado baiano
como presidente da Federação das Santas Casas do Brasil): R$ 430 mil — com
parte dos recursos destinados à campanha do pai, Edvaldo Brito.
>> Arthur Maia
(PPS-BA), deputado federal, o “Tuca”: R$ 600 mil
(PPS-BA), deputado federal, o “Tuca”: R$ 600 mil
>> Daniel Almeida
(PCdoB-BA), deputado federal, o “Comuna”: R$ 100 mil
(PCdoB-BA), deputado federal, o “Comuna”: R$ 100 mil
>> Geddel Vieira
Lima (PMDB-BA), ex-ministro, o “Babel”: R$ 1,5 milhão
Lima (PMDB-BA), ex-ministro, o “Babel”: R$ 1,5 milhão
>> Jaques Wagner
(PT-BA), presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado, o
“Polo”: R$ 9,5 milhões
(PT-BA), presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Estado, o
“Polo”: R$ 9,5 milhões
>> João
Almeida (BA): R$ 500 mil
Almeida (BA): R$ 500 mil
>> José Carlos
Aleluia (DEM-BA), o “Missa”: teria recebido R$ 300 mil
Aleluia (DEM-BA), o “Missa”: teria recebido R$ 300 mil
>> Jutahy
Magalhães (PSDB-BA), deputado federal, o “Moleza”: R$ 350 mil
Magalhães (PSDB-BA), deputado federal, o “Moleza”: R$ 350 mil
>> Lídice da
Mata (PSB-BA), senadora, a “Feia”: R$ 200 mil
Mata (PSB-BA), senadora, a “Feia”: R$ 200 mil
>> Lúcio
Vieira Lima (PMDB-BA), deputado federal, o “Bitelo”: Entre R$ 1
milhão e R$ 1,5 milhão
Vieira Lima (PMDB-BA), deputado federal, o “Bitelo”: Entre R$ 1
milhão e R$ 1,5 milhão
>> Paulo
Magalhães Júnior (PV-BA), vereador, o “Goleiro”: R$ 50 mil
Magalhães Júnior (PV-BA), vereador, o “Goleiro”: R$ 50 mil
>> Rui Costa
(PT-BA), governador do estado: R$ 10 milhões
(PT-BA), governador do estado: R$ 10 milhões
>>
Anderson Dornelles, o “Las Vegas, ex-assessor de Dilma Rousseff: R$ 350
mil
Anderson Dornelles, o “Las Vegas, ex-assessor de Dilma Rousseff: R$ 350
mil
>> Bruno Araújo, deputado: relacionamento institucional,sem pagamento
>> Carlinhos Almeida, prefeito de São José dos Campos: R$ 50 mil
>> Ciro Nogueira, senador, o “Cerrado” ou “Piqui”: R$
5 milhões, para campanhas do PP
5 milhões, para campanhas do PP
>> Delcídio do Amaral, ex-senador, o “Ferrari”: R$ 550
mil
mil
>> Duarte Nogueira, prefeito de Ribeirão Preto, o “Corredor”:
R$ 600 mil
R$ 600 mil
>> Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, o
“Caranguejo: R$ 7 milhões
“Caranguejo: R$ 7 milhões
>> Eliseu Padilha, ministro, o “Primo”: Segundo a delação,
negociou recursos para Temer
negociou recursos para Temer
>> Eunício Oliveira, senador, o “Índio”: R$ 2,1 milhões
>> Francisco Dornelles, vice-governador do Rio de Janeiro, o
“Velhinho”: R$ 200 mil
“Velhinho”: R$ 200 mil
>> Gim Argello, ex-senador, o “Campari”: R$ 1,5 milhão
>> Hugo Napoleão, ex-senador”, o “Diplomata”: R$ 100
mil
mil
>> Inaldo Leitão, deputado, o “Todo Feio”: R$ 100 mil
>> José Agripino, senador, o “Gripado”: R$ 1
milhão, que teria sido pedido por Aécio Neves
milhão, que teria sido pedido por Aécio Neves
>> Katia Abreu, senadora: Teria acertado ajuda financeira com
Marcelo Odebrecht
Marcelo Odebrecht
>> Marco Maia, deputado, o “Gremista”: R$ 1,3 milhão
>> Moreira Franco, secretário nacional, o “Angorá”:
Recursos para Temer
Recursos para Temer
>> Paulo Skaf, presidente da Fiesp e ex-candidato à prefeitura de
São Paulo: teria sido beneficiado com R$ 6 milhões dos recursos acertada com Temer.
São Paulo: teria sido beneficiado com R$ 6 milhões dos recursos acertada com Temer.
>> Renan Calheiros, senador, o “Justiça”: Teria sido
beneficiado por parte dos R$ 22 milhões do PMDB
beneficiado por parte dos R$ 22 milhões do PMDB
>> Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, o
“Botafogo”: R$ 100 mil
“Botafogo”: R$ 100 mil
>> Romero Jucá, senador, o “Caju”: Teria acertado R$ 22
milhões para o PMDB
milhões para o PMDB
>> Romário, senador: teria pedido contribuição para sua campanha,
mas a Odebrecht não fez. M1
mas a Odebrecht não fez. M1
