Diga News

Autoridades estaduais investigam supostas ameaças a escolas na Bahia

Nos
últimos dias, mensagens com ameaças de atos violentos que seriam praticados em
escolas da Bahia têm circulado em redes sociais e estão na mira das
autoridades, a exemplo das secretarias estaduais da Segurança Pública (SSP) e
da Educação. Mesmo que sejam falsas (as famosas fake news), informações
disseminadas com este tipo de conteúdo se configuram como um ato criminoso e
podem levar o responsável a responder judicialmente. 
O
Grupo Especializado de Repressão a Crimes por Meios Eletrônicos (GME) da Polícia
Civil da Bahia participa da investigação dos casos. O coordenador do GME,
delegado João Cavadas, explica que “a Polícia Civil, preocupada com esses
acontecimentos, já disciplinou uma multitarefa de investigação para esses
crimes, no interior e na capital. O GME dará subsídios, identificando as
pessoas que não somente confeccionaram o material, como também aquelas que
fazem a replicação através de grupos de mensagens. Todas elas serão indiciadas
pelo crime que vier a ser identificado e responderão judicialmente por esse
fato”. 
Também
empenhada em combater e prevenir esses crimes, a Polícia Militar da Bahia
(PMBA) atua de maneira ostensiva, indo aos locais onde são relatadas as
ameaças. “Tão logo essas mensagens chegam ao conhecimento da PM, mesmo entendendo
que se tratam de mensagens que têm o objetivo de desestabilizar uma comunidade,
unidades operacionais são direcionadas para atuar preventivamente, sobretudo
nas proximidades das escolas, de uma forma geral e em todo o estado. Quem está
disseminando esse tipo de conteúdo é um criminoso, que será responsabilizado
por este delito”, informa o porta-voz da PMBA, capitão Bruno Ramos. 
Impulsionados
por episódios como o ataque na Escola Raul Brasil, em Suzano (SP), há pouco
menos de um mês, esses envios costumam gerar uma onda de terror e pânico entre
a população, incluindo a comunidade escolar. 
O
coordenador dos Núcleos Territoriais de Educação da Secretaria da Educação do
Estado, Helder Amorim, lembra que “desde o evento em Suzano, essa onda de
boataria está se espalhando por todas as regiões do país. O que tem se apurado
até agora é que não há nada confirmado e nenhum ato foi posto em prática.
Contudo, a Secretaria da Educação está atenta e acompanhando, junto à SSP,
todos os casos que chegam, bem como dando apoio à comunidade escolar, que tenta
manter a normalidade, para que os alunos continuem a ter acesso às escolas e às
atividades”.
Fotos:
Camila Souza/GOVBA