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Caso Beatriz: Diretora do Maria Auxiliadora diz: “Não entendo o que a população cobra do colégio. Também somos vítimas”

A
nova diretora no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, irmã Júlia Maria de
Oliveira, revela o contrário do que comentam sobre a contribuição da
instituição para o caso Beatriz. Em entrevista, pela primeira vez, a
diretoria ressaltou durante manifestação realizada nesta quinta-feira
(10), que a escola sempre ajudou de alguma forma com o intuito de
acompanhar a elucidação do crime.
“A
escola vem ajudando, abre suas portas, a polícia entra, investiga. Ninguém pode
dizer que a escola não vem contribuindo com esse caso. Constantemente
participamos e favorecemos para que esse caso seja elucidado”, ressalta.
Erros
primários
Sobre
a possibilidade de afirmar se houveram ou não erros primários por parte da
instituição, a irmã disse que não pode confirmar nada, já que a mesma assumiu a
direção da escola no início desse ano. “Não posso afirmar nada do que
estão colocando, porque eu não estava lá, eu não vi nada, não presenciei”.
A
troca de direção do Auxiliadora
Júlia
Maria chegou a Petrolina para substituir a ex-diretora, Maria José Alves, que
foi transferida no final do ano passado e cada gestor que assume a instituição
permanece por seis anos. “infelizmente terminou o tempo dela coincidentemente
com o que aconteceu, esse crime brutal. Muitos falaram que ela saiu porque teve
esse assassinato, mas isso não é verdade, explicou.
Segurança
da escola
Irmã
Júlia revela que tem buscado esforços para manter a segurança do local, após o
crime. “Estamos cada vez mais aprimorando o nosso trabalho para que os alunos
fiquem bem. Seguro não estamos em lugar algum, mas estamos providenciando tudo
para garantir a segurança da nossa instituição”, afirma.
A
diretora diz que não entende porque a população vem cobrando explicações da
escola. “Fico sem saber que cobrança é essa da população. Nós não somos
investigadores, nem polícia. Quem tem a competência para analisar o caso é a
polícia. Nós facilitamos o trabalho das autoridades, o que eles pedem nós
obedecemos porque é trabalho deles e não vamos omitir nada. Não estamos
tranquilos porque também nós somos vítimas. Sou nova na direção e se a escola
deveria ter sido interditada no dia do ocorrido, não cabe a mim responder
porque eu não estava”, frisa.
Contribuições
do colégio no caso Beatriz
A
Irmã-Diretora, que assumiu o cargo no mês de janeiro deste ano, esclareceu que
o colégio tem contribuído na elucidação do crime e que a instituição buscou
auxílio do Ministério Público e da Secretária de Segurança do Estado.
“O
Colégio teve a iniciativa do Disque-Denúncia que hoje está com o valor aumentado
para R$ 10 mil e todas as pessoas que fornecerem informações não terão a
identidade revelada. Todas as solicitações da polícia foram e estão sendo
atendidas de imediato. Em nenhum momento houve barreira de entrada no Colégio
para as investigações. Qualquer informação que chega ao nosso conhecimento é
imediatamente repassada para o delegado. Já tivemos contato com o Ministério
Público, tanto na sede, e também recebemos a visita no colégio. O colégio está
muito empenhado, desde o início, em colaborar para que este caso seja elucidado
o mais rápido possível”, explicou.
Direção
diz que o caso é o maior desafio já enfrentado

A
diretora afirma ainda que esse caso ocorrido na escola, está sendo o maior
desafio de sua vida. “Isso para nós foi uma novidade. Pra mim está sendo o
maior desafio. Tivemos na nossa casa uma vida que foi ceifada, toca o coração”,
finaliza a diretora. (Edenevaldo Alves)