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Caso Vitor Ramos: CBF denuncia Internacional por falsificação de documento

A
Confederação Brasileira de Futebol encaminhou nesta sexta-feira (9) ao
Ministério Público do Rio de Janeiro uma denúncia por suposta falsificação de
documentos no caso do zagueiro do Vitória Victor Ramos por parte do
Internacional. A entidade máxima do futebol brasileiro anunciou que iria se
pronunciar ainda nesta tarde. A informação foi divulgada pelo repórter Márcio
Martins, da rádio Itapoan FM.
O
Colorado teria forjado um e-mail para servir como prova contra time baiano e
contra a CBF, exibindo a troca de mensagens entre o Vitória e diretor de
Registros e Transferências, Reynaldo Buzzoni. 
Segundo
a CBF, o Inter teria se aproveitado da troca de e-mails que existiu, mas com um
funcionário responsável pelo sistema de transferências da FIFA, o Transfer
Matching System (TMS). A função deste funcionário, de acordo com a entidade, é
orientar clubes e federações sobre transferências internacionais de atletas
entre os times.

A CBF identificou que o Colorado forjou um desses e-mails, editando o texto
para fazer de conta que o próprio Reynaldo Buzzoni que tivesse orientado o
Vitória sobre como proceder no impasse. O e-mail foi utilizado pelo
departamento jurídico do time gaúcho, na folha 174 do processo contra o Leão da
Barra. 

O
caso chegou ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), onde o clube
gaúcho pedia a perda de pontos do time baiano por uma suposta escalação
irregular do atleta no Campeonato Brasileiro. O objetivo do Inter era fazer com
que o rubro-negro perdesse os pontos das 26 partidas em que o jogador atuou, a
fim de escapar do iminente rebaixamento e mandar o Vitória para a Série B.
No
entanto, a ação foi arquivada. O STJD afirmou que o Inter “atenta contra
as regras de fair play” ao pedir a retirada de pontos. “Admitir o
ingresso de times pleiteando potencial denuncia nas iras do artigo 214 do CBJD
no momento em que melhor lhe convir, atenta contra todas as regras e princípios
basilares do Direito Positivo e Desportivo, dentre eles o fair play”, escreveu
em despacho o subprocurador-geral do STJD, Glauber Guadelupe. M1