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CEARÁ: Polícia investiga festa de Halloween em que menores de idade teriam sido expostos a nudez e a performances sensuais

Menores
de idade teriam sido expostos a nudez e
performances
sensuais 
em uma festa de Halloween em Umari,
a 411 quilômetros de Fortaleza. 
A
denúncia, feita pelo Conselho Tutelar do Município, gerou a abertura de um
inquérito na Delegacia Regional de Icó, a 43 quilômetros de Umari. O caso
aconteceu no último sábado (28).
Viralizou
nas redes sociais vídeo feito por um dos participantes da festa que mostra duas
jovens participando de uma performance
que simula o ato sexual 
com dois homensUma delas
teria apenas 16 anos,
conforme a denúncia. Outro vídeo mostra os homens fazendo strip tease.
Após
a denúncia do Conselho Tutelar, a Polícia Militar encaminhou à Delegacia Regional
de Icó dois dos organizadores da “Summer Party Halloween”, já no domingo
(29). Foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e eles foram
liberados após prestar depoimento. 
Conforme
Francisco Gomes, um dos organizadores da festa, as performances não estavam programadas e
os homens que aparecem dançando nas imagens não haviam sido contratados pelo
evento. Os envolvidos estariam bêbados.
Inclusive, segundo ele, a adolescente que aparece nas imagens teria afirmado em
depoimento na delegacia que já vinha de uma outra festa, onde havia ingerido
álcool.
Francisco
também afirma que os ingressos da festa não estavam sendo vendidos para menores de idade, embora
reconheça que muitos jovens burlaram a restrição. O organizador do evento
chega, inclusive, a citar um episódio em que ele, na bilheteria, teria recusado
a venda de um ingresso a um adolescente. No entanto, o irmão do jovem, maior de
idade, comprou o bilhete e o menor entrou na festa. Como eram poucas as pessoas
trabalhando no local, não foi possível esse controle, ele afirma.
Francisco
ainda conta ter repassado à Polícia os contatos dos homens que aparecem
nas imagens — ambos morariam na Paraíba e, por isso, ainda não prestaram
depoimento. Ele, inclusive, não teria tido contato com os dois desde então.
Tribuna do Cearátambém
não conseguiu localizá-los.
“Estamos
tristes pelo ocorrido. Vi os vídeos e também achei muito pesado. Só queria
pedir desculpas pelo ocorrido ao pessoal da cidade”, afirma Francisco Gomes.
Ele, no entanto, reclama das mentiras que teriam passado a ser veiculadas nas
redes sociais, assim como a exposição sem autorização da sua imagem e das dos
demais envolvidos.
Ele
chegou até a ser citado como um dos homens que pratica o ato lascivo com a
adolescente. Francisco aponta um policial militar como o autor da
difamação; este teria divulgado o relatório policial no Facebook com nomes
trocados.
Posicionamento
da Prefeitura 
A
festa ocorreu em um espaço cedido pela Prefeitura Municipal
, a Casa do Idoso Mãe Dorete, que funciona apenas como
espaço de festas. Em nota, a Prefeitura afirma que, por ser o único disponível
na cidade, o salão sempre é cedido para festas, mas que os organizadores são os
únicos responsáveis pelos eventos.
O
texto, assinado pelo prefeito Alexandre Barros, afirma que a prefeitura irá
acompanhar o desenrolar das investigações policiais. Caso seja identificado
transgressão penal, cível ou administrativa, as “punições cabíveis serão
recomendadas”, garante.
No
entanto, a nota anuncia também a suspensão
provisória de eventos
 particulares na Casa do Idoso.
Exceções são feitas, todavia, às festas de aniversário e casamento, assim como
a eventos religiosos.
Confira
a nota da SSPDS:
“A
Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará informa que um
inquérito policial foi aberto na Delegacia Municipal de Ipaumirim para apurar a
responsabilidade dos organizadores de uma festa particular de Halloween, bem
como dos dançarinos da festa, que foram flagrados dançando sem roupa na
presença de adolescentes. . Os responsáveis pelo evento, além de uma
adolescente que aparece em um vídeo divulgado na internet, foram ouvidos
durante plantão na Delegacia Regional de Icó, no último domingo (29).
Diligências estão sendo realizadas para apurar se houve crime ou violações ao
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).” (Tribuna do Ceará)