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Contas de luz voltam a ter cobrança adicional em março

As
contas de luz vão voltar a ter cobrança adicional em março. A Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel) decidiu nesta sexta-feira (24), que as faturas
de energia terão a bandeira amarela no próximo mês. O sistema de bandeiras é
atualizado mensalmente pela Aneel. Segundo a agência reguladora, a previsão de
chuvas para o mês de março ficou abaixo das expectativas, o que levou à
necessidade de acionar mais termelétricas para abastecer o País. Com essa
medida, será possível poupar água dos reservatórios das hidrelétricas. De
acordo com a Aneel, no próximo mês, será preciso ligar usinas termelétricas com
custo acima de R$ 211,28 por megawatt-hora (MWh). Quando o custo da última
térmica acionada supera esse valor e fica abaixo de R$ 422,56 por MWh, a Aneel
aplica a bandeira amarela, que adiciona R$ 2,00 a cada 100 quilowatt-hora (kWh)
consumidos. Foi o que ocorreu agora. O relatório mensal do Operador Nacional do
Sistema Elétrico (ONS) prevê que o custo da última usina térmica acionada no
mês que vem será de R$ 279,04 por MWh. A última vez em que a bandeira
amarela vigorou foi em novembro. De dezembro a fevereiro, vigorou a bandeira
verde, sem adicional na conta de luz. Quando o custo das termelétricas ligadas
supera R$ 422,56 por MWh, a Aneel utiliza o primeiro patamar da bandeira
vermelha, que adiciona entre R$ 3,00 a cada 100 kWh consumidos. Se o valor for
superior a R$ 610,00 por MWh, o sistema atinge o segundo patamar da bandeira
vermelha, cujo acréscimo é de R$ 3,50 a cada 100 kWh. Neste ano, a Aneel
decidiu que o custo da energia no mercado de curto prazo (PLD) não será mais o
único critério para acionamento de bandeiras. O teto do PLD é R$ 422,56, e
corresponde ao primeiro patamar da bandeira vermelha. A metade deste valor, R$
211,28, corresponde ao limite da bandeira verde. Agora, de acordo com a Aneel,
em um cenário hídrico desfavorável, o acionamento das bandeiras poderá ocorrer
antecipadamente, mesmo que o custo das térmicas não chegue nos níveis de preço
pré-determinados. O objetivo é reduzir o risco das distribuidoras de arcar com
custo de geração mais elevados e poupar o caixa das concessionárias. BN