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Nilo chama de ‘absurdo’ mandado de busca e apreensão contra ele

O
deputado estadual e ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia Marcelo
Nilo (PSL) chamou de “absurdo” e “constrangimento” a operação de busca e apreensão realizada pela Polícia
Federal (PF), na manhã desta quarta-feira (13), em sua residência, no bairro do
Horto Florestal, em Salvador, e também em seu gabinete na AL-BA, no Centro
Administrativo da Bahia (CAB).
O
parlamentar é suspeito de controlar a empresa Bahia Pesquisa e Estatística
(Babesp) – conhecida no meio político como “DataNilo” – adulterar dados informados à Justiça Eleitoral e
“utilizar a referida pessoa jurídica para contabilização fraudulenta de
recursos utilizados de maneira ilegal em campanhas políticas”.
“Me
lembro daquela frase do ex-governador da Bahia Otávio Mangabeira: ‘pense no absurdo,
na Bahia haverá precedentes’. Fui surpreendido com a presença da PF e do
Ministério Público Eleitoral (MPE) numa busca e apreensão na minha residência”,
discursou, em menção à Operação Opinião.
Apesar
de elogiar a Babesp durante parte do discurso na AL-BA, na tarde desta quarta,
Nilo negounovamente que seja proprietário do instituto. “Fui
cliente da Babesp, como outros deputados. O instituto começou a acertar e a
demanda aumentou. Vossas excelências pagavam ao diretor Roberto Matos, não ao
deputado Marcelo Nilo. Eu contratei e da minha conta foi transferido o dinheiro
para a Babesp”, disse.
O alegado dono da Babesp, Roberto Matos, é irmão de Lídio
Matos, assessor de Nilo, e pai de um dos beneficiários de bolsas de estudo
concedidas pela AL-BA, classificadas como “inconstitucionais” pelo Ministério
Público.
Nilo
ainda classificou a operação como uma “violência contra um parlamentar que tem
28 anos de vida pública”. “Eu perdi meu pai, perdi minha mãe, meu irmão, mas
hoje é o dia mais difícil da minha vida. Um homem que nasceu na roça, no sertão,
que morou em pensionato, estudou em colégio público, passa pelo constrangimento
de ver sua residência ser ocupada para uma operação”, acrescentou.
Os
mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA),
com base em representação formulada pela Procuradoria Regional Eleitoral na
Bahia (PRE-BA). Além de Nilo, foram alvos da ação os endereços de seu genro
Marcelo Dantas Veiga, de Roberto Pereira Matos, e a sede da empresa Leiaute
Comunicação.