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Rui Costa lança plano que vai orientar o Governo entre 2020 e 2023

Metas,
prioridades, participação da sociedade civil e, principalmente, muitas
parcerias. O Plano Plurianual (PPA) 2020-2023, que vai orientar o Governo da
Bahia nos próximos quatro anos, foi lançado pelo governador Rui Costa nesta
sexta-feira (5), no auditório da Secretaria da Segurança Pública (SSP), em
Salvador. “É assim que eu quero que a gente construa esse PPA. Sem medos, sem
receios, mas também sem ilusões. No mais, o último pedido é que consigamos
mobilizar os entes municipais, as câmaras de vereadores, em uma grande rede com
metas e objetivos comuns para comemorarmos juntos os resultados em 2023”, disse
Rui Costa.

O secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro, destacou que o Plano
Plurianual Participativo é uma peça que vai se somar ao programa de governo que
já conta com a participação popular. “No PPA, nós realizamos um processo com
reuniões territoriais, com o envolvimento da sociedade, dos setores produtivos,
culturais, a questão da educação, saúde, infraestrutura, e, principalmente, a
integração da Bahia, nos seus 27 territórios de identidade. É a participação
popular orientando o Estado na sua estrutura de planejamento e execução, e este
se voltando para a sociedade, dentro de uma estrutura orçamentária e
financeira, para transformar as necessidades em realidade”, destacou Pinheiro.
O governador Rui Costa avalia que a elaboração do PPA é um momento muito
singular, onde se reúnem representantes do governo e da sociedade, e se
mobilizam para pensar um planejamento de longo prazo. “Como estamos vivendo um
momento de instabilidade institucional, jurídica e econômica, é preciso ter
plena consciência dos desafios, e não apenas listar os desejos, vontades e
necessidades. Nós temos que ser ousados, enxergar um futuro promissor, uma
realidade concreta, números previsíveis, com renda e desenvolvimento
capilarizados. O setor produtivo composto pelas três milhões de pessoas que
vivem na da zona rural, por exemplo, tem os piores indicadores da educação, da
saúde. Essas pessoas têm que estar entre o nosso público alvo”.
Ainda segundo Rui, uma das palavras-chave para a gestão nos próximos quatro
anos é capilaridade. “Na área de saúde, estamos seguindo com a implantação das
policlínicas. Temos oito já implantadas e serão implantadas mais 11, atendendo
aos consórcios. Temos que reforçar os polos regionais de desenvolvimento. Temos
que melhorar a nossa infraestrutura. Não podemos enxergar 2035 pensando apenas
em rodovias, então a Fiol, junto com o Porto Sul, é fundamental para o oeste,
para o sudoeste, para o sul da Bahia”. 
Outra prioridade, de acordo com o governador, é o abastecimento de água. “Vamos
dar continuidade a um dos maiores investimentos do Brasil, que são as obras de
abastecimento de água e esgoto na Bahia. Mas, para isso, saímos de 70% dos
financiamentos de recursos do governo federal e 30% do governo do Estado em
água e esgoto, para, nos últimos quatro anos, passarmos a ter 70% de
investimento do Governo do Estado e 30% do governo federal nessas áreas. Para
manter esses esforços, devido à importância da água na vida das pessoas, nós
vamos desenvolver todas as ferramentas de parceria público-privado e de
concessões para ampliar as obras e abastecimento de água e esgoto no estado”.
Rui destacou que não conta com recursos do governo federal para os próximos
quatro anos. “Mas conto com investimentos privados para obras, como a ampliação
do metrô de Salvador, para o início das obras do VLT, para a construção da
ponte Salvador-Itaparica, que vai transformar o estado social e economicamente”.
Ele destacou que vai manter também os investimentos em segurança pública.
“Temos que continuar reduzindo cada vez mais os números da violência na Bahia,
não no ritmo que gostaríamos, mas no ritmo que conseguimos. Ontem, em reunião,
discutimos um projeto baiano que virou referência no Brasil, de reconhecimento
facial e de leitura de placas de carros. Vamos fazer uma grande licitação para
54 municípios além de Salvador, para implantar esse projeto, economizando tempo
e recursos, e aumentando a eficiência da segurança pública”.
Educação
Na educação, Rui Costa falou sobre uma mudança de paradigma. “Nós temos uma
história na Bahia onde a pobreza foi alimentada pelos baixos índices na
educação, pelos altos índices de analfabetismo. Estamos fazendo um esforço
gigantesco para mudar esta realidade. É preciso mobilizar, engajar as famílias
e introduzir a educação como um grande valor. Nós não desenvolveremos nosso
estado se não melhorarmos nossos indicadores educacionais. Vamos introduzir
câmeras de reconhecimento facial nas escolas também. Caso os alunos faltem
aula, os pais serão avisados”, revelou.
Fotos: Manu Dias/GOVBA