Verão à vista: especialistas apontam riscos e dão recomendações para uma vida saudável na estação

Verão à vista: especialistas apontam riscos e dão recomendações para uma vida saudável na estação
Intoxicação alimentar, câncer de pele, golpe de calor estão entre os perigos ocasionados pelo o clima quente

 

O verão inicia em 22 de dezembro e encerra-se em 20 de março de 2024. Cuidar-se durante os períodos de clima quente é essencial para preservar a saúde. No calor a transpiração aumenta levando o organismo a perder naturalmente uma quantidade significativa de água e sais minerais. Diante desse cenário, informa a nutricionista Tuane Rodrigues de Carvalho, é ideal aumentar a ingestão de líquidos, visando não apenas evitar a desidratação, mas também repor de maneira eficaz as perdas hídricas.

 

A enfermeira Angely Alencar explica que a desidratação pode levar a tonturas, dores de cabeça, fadiga e resultar em insolação. Ela alerta também para a exposição excessiva ao sol, que pode provocar queimaduras solares, envelhecimento precoce e  risco de câncer de pele. “Além disso, condições como micose, dermatites e outras infecções cutâneas podem ser mais comuns em ambientes quentes e úmidos. Se possível, faça suas atividades físicas ou passeios em lugares climatizados ou sombreados”, disse.

 

Em casos mais graves, destaca Angely, a exposição prolongada ao calor intenso pode causar golpe de calor, que é o aumento da temperatura corporal para além dos 40 °C. “Isso ocorre quando o corpo não consegue resfriar-se adequadamente, resultando em sintomas como confusão mental, pele quente e seca, e, em casos extremos, perda de consciência. Idosos e crianças pequenas são mais suscetíveis”.

 

Os grupos vulneráveis, como aqueles com condições de saúde crônicas, são os mais sensíveis aos problemas. “Aqueles que tomam medicamentos devem continuar usando conforme prescrito ou consultar o médico para ajustar as medicações e obter orientações específicas. Alguns remédios podem ter efeitos diferentes em temperaturas extremas”, orientou a enfermeira.

 

Angely Alencar, que também é professora do curso de Enfermagem da UniFTC de Juazeiro, informa que é importante que as pessoas estejam cientes desses riscos e adotem medidas preventivas: “Mantenha-se hidratado, use protetor solar e roupas leves, evite a exposição excessiva ao sol durante as horas mais quentes e proteja-se contra picadas de insetos, que provocam reações alérgicas graves ou transmitem doenças como dengue, malária e infecção pelo vírus Zika”, disse.

 

Cuidados com a alimentação

 

A nutricionista Tuane Rodrigues de Carvalho, que também é docente do curso de Nutrição na UniFTC, esclarece que as temperaturas mais elevadas propiciam um ambiente propício para o desenvolvimento microbiano, tornando essencial a adoção de cuidados especiais no preparo e armazenamento dos alimentos. Segundo ela, a higienização adequada e a manutenção rigorosa das condições de temperatura e refrigeração são medidas essenciais para mitigar os riscos de contaminação e intoxicação alimentar.

 

Saiba mais: Segurança dos alimentos: do que se trata?

 

Tuane ressalta que, ao realizar refeições fora de casa, é importante avaliar as condições de higiene do estabelecimento e dos manipuladores de alimentos. “Além disso, a atenção deve se estender às condições de temperatura nas quais os alimentos são comercializados, bem como à verificação da data de validade do produto, eventuais alterações na aparência ou no odor característico”.

 

O que comer e evitar?

  • Preferir alimentos in natura, dando preferência a alimentos mais leves, refrescantes, ricos em água, para aumentar a hidratação corporal e diminuir a sensação de calor;
  • Boas opções para garantir uma hidratação e nutrição são: frutas, sucos da fruta, água, água saborizadas, água de coco, chás gelados, verduras e saladas frescas.
  • Varie entre grelhados, cozidos e assados e evite alimentos industrializados, gordurosos, frituras e com alto teor de sódio e açúcares;
  • Evite refeições muito volumosas que costumam deixar a digestão mais lenta, piorando sintomas como mal-estar e fadiga, sensação que tende a ser intensificada devido ao calor;
  • Respeite os horários das refeições e evite longos períodos sem a ingestão de líquidos.

As especialistas afirmam que a comunicação regular com profissionais de saúde para relatar qualquer preocupação ou alteração no estado de saúde é relevante. “Em casos de intoxicação alimentar ou qualquer intercorrência por conta do calor, procurar uma unidade de saúde para que sejam realizados os cuidados necessários e os encaminhamentos adequados”, adverte a nutricionista e professora da faculdade em Juazeiro.

 

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Vânia Castro

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